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Variante de COVID-19 altamente mutada, não consegue escapar da imunidade como se temia

A variante BA.2.86 chamou a atenção das autoridades de saúde pública nas últimas semanas, devido à sua rápida disseminação pelo mundo, e ao grande número de mutações. Ter tantas mutações aumentou a chance de ele se comportar de maneira diferente das versões anteriores do vírus, possivelmente tornando-a mais perigosa.

 

Agora, mais experimentos foram conduzidos por duas equipes dos EUA. Cientistas mostram que os anticorpos produzidos por vacinações COVID-19 ou por infecções anteriores, podem reconhecer e combater a versão BA.2.86 do vírus, observando que a proteção pode ser “talvez ainda melhor” do que as respostas dos anticorpos a outras cepas do vírus atualmente em circulação.

 

Os novos estudos mostraram que as pessoas infectadas nos últimos 6 meses, com uma versão XBB do vírus, tiveram as respostas imunológicas mais fortes ao BA.2.86.

 

“A BA.2.86 realmente não parece ser um grande golpe para a neutralização do vírus, após a infecção por XBB. O que isso significa? Que a nova vacina COVID (provavelmente em breve) deverá fornecer boa proteção contra a infecção, mesmo contra a BA.2.86”, disse o Dr. Ashish Jha ex-coordenador sobre a COVID-19 da Casa Branca.

 

O CDC espera que a vacina COVID atualizada, esteja disponível em meados de setembro. Tal como acontece com a vacina anual contra a gripe, a nova abordagem às vacinas contra a COVID-19, consiste em formular uma nova versão anualmente, para atingir variantes que se prevê estarem em ampla circulação. A nova vacina COVID foi otimizada para proteger contra uma cepa XBB chamada XBB.1.5.

 

Na semana passada, o CDC indicou que a BA.2.86 foi encontrada em quatro estados dos EUA, quer em pessoas, quer em águas residuais, mas ainda é tão rara, que nem sequer está listada como uma variante independente no rastreador de variantes do CDC. Todas as atuais cepas de vírus predominantes permanecem subvariantes da Omicron. Atualmente, a EG.5 é responsável por 21,5% dos casos, a FL.1.5.1 é responsável por 14,5% dos casos, e várias cepas XBB representam entre 8% a 9% cada. A FL.1.5.1 é um recombinante de duas cepas do vírus XBB, e pode ser mais preocupante do que a BA.2.86, porque mostrou alguma capacidade de escapar da imunidade em testes de laboratório, informou a CNN.

 

“Se não houvesse tanto entusiasmo sobre a BA.2.86, essa seria realmente o foco do artigo”, disse o Dr. Dan Barouch, referindo-se à cepa FL.1.5.1. Barouch é diretor de um dos laboratórios que conduziram os novos testes e também dirige o Centro de Virologia e Pesquisa de Vacinas do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Massachusetts.

 

Desde junho, tem havido um aumento crescente de casos graves de COVID-19, resultando num número crescente de pessoas hospitalizadas com o vírus. Cerca de 15 mil pessoas foram hospitalizadas durante a semana que terminou em agosto, que é a semana mais recente para a qual há dados disponíveis no CDC. As mortes aumentaram de cerca de 500 por semana desde junho para mais de 600 mortes durante a primeira semana de agosto. Ainda assim, os números são muito mais baixos do que durante o auge da pandemia, quando mais de 20 mil pessoas morreram por semana, e foram registadas mais de 100 mil hospitalizações semanais.

 

O CDC, na atualização da avaliação de risco COVID-19 com a BA.2.86 da semana passada, indicou que 97% das pessoas nos EUA têm anticorpos de infecção anterior, vacinação ou ambos, que “provavelmente” fornecerão proteção contra casos graves de COVID-19.

 

 

– Novas injeções COVID-19 podem estar disponíveis na próxima semana nos Estados Unidos

A vacina atualizada, que protege melhor contra as cepas atualmente circulantes do vírus que causa a COVID-19, poderá estar disponível já na próxima semana.

 

Três aprovações são esperadas nos próximos dias. Primeiro, o FDA autorizará formalmente as vacinas. Em segundo lugar, um painel independente de consultores do CDC se reunirá ainda em setembro para recomendar quem deve tomar os reforços. Depois disso, o diretor do CDC precisará assinar a autorização. Se isso acontecer rapidamente, as injeções poderão estar disponíveis já em setembro.

 

A fabricante de vacinas Moderna, indicou em um comunicado na quarta-feira, que a empresa “está pronta para fornecer sua vacina COVID-19 atualizada, enquanto se aguarda a aprovação regulatória”, observando também que novos testes mostram que a fórmula atualizada é altamente eficaz contra as versões atualmente em circulação do SARS-CoV- 2, incluindo as variantes BA.2.86, EG.5 e FL.1.5.1.

 

Novos dados publicados pelo CDC na noite de terça-feira mostraram, que as hospitalizações por COVID-19 continuaram com suas tendências de aumento semanais de dois dígitos. As hospitalizações aumentaram 16%, com um total de 17.418 pessoas recém-internadas por complicações do vírus durante a semana encerrada em agosto, e as mortes aumentaram quase 18%. Apesar do aumento, a contagem de mortes permanece em níveis historicamente baixos, com cerca de 600 reportadas semanalmente.

 

A tendência atual de hospitalização não segue o padrão observado no ano passado. No verão de 2022, as hospitalizações por COVID-19 aumentaram no início do verão, atingiram o pico no final de julho, depois diminuíram e estabilizaram, antes de aumentarem novamente no início de dezembro.

 

Referente aos artigos publicados em Medscape Pulmonary Medicine e Medscapae.

 

 

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