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Regra da régua

Nunca meça o tamanho do seu sofrer, ou aquilo que inquieta o seu sentir, pela norma de outras pessoas. Esta é a regra da régua – “jamais devemos medir as nossas mudanças pelas réguas dos outros”, assim lecionou uma colega terapeuta, em suas inteligentes elucubrações psicanalíticas. De fato, até mesmo para dimensionar muitas nuances e facetas exclusivas de nossa individualidade, temos limites e fronteiras a considerar. A identificação da régua que determina, baliza, delineia e demarca esses limites é descoberta à proporção que vamos nos aprofundando na matéria do autoconhecimento, da empatia e do colocar-se no lugar alheio. Todo valioso conhecimento, e que se considera semeador de amor no mundo, deve ser exaltado. “Somente o conhecimento traz o poder” – assim nos ensinou o Pai da Psicanálise. Uma chuva de amor e bem-fazer deve regrar a norma da nossa régua, que carecemos edificar e nos reger; essa mesma régua que aprendemos, entendemos, ou construimos, no nosso ser e saber.

 

Aqui neste escrito, faço também a exortação dos males e tormentos, que em muitos instantes são causados, observados e afetados pelos efeitos do que vemos, e daquilo que vem das redes sociais. Nelas, eventualmente, há uma inadequada exposição e manifestação popular, a mercê de se expor alegrias, glórias e, com frequência, uma irreal “capa da felicidade”. Vivamos a vida louvando e bendizendo os prazeres e conquistas de todos os dias; porém façamos cumprir a nossa meta (e que deve ser uma nobre regra) de fazer do mundo um lugar melhor para morar. Fiquemos alertas, também, com os seres que vivenciam dores da atípica e silenciosa depressão sorridente (evidência de um sofrer invisível, escondido e disfarçado). A vida é um continuar, não somente um completar; ela não é o topo de uma escadaria, é sim, os batentes do dia a dia (que são percorridos com muito amor, força, firmeza, paz, doação e alegria); não deve ser um desfile de defeitos, mas a obtenção de efeitos dos bons feitos; não é um punhado de nós, mas uma sequência de laços feitos ou desfeitos. Apuremos as nossas regras e réguas. Como são importantes as sublimes companhias, que trilham conosco o sim e o som, dos ares do viver..!!

 

Outra dimensão que gangorreia o que somos, podemos, queremos ou devemos fazer é a medida do preço, do peso, e do pesadelo que muitos inconscientes carregam em si; e a essência magistral, abundante e maioral que vem da influente consciência (com considerável insistência, tão preterida no presente). Vejo, com relativa intensidade, moribundos, agonizantes e seres padecentes sofrendo agruras oriundas de desprezos e de rejeições, que quase nunca conseguem superar. Parece que a tatuagem do sofrer é carimbada com tintas mais escuras e resistentes, do que as tatuagens da alma que se evaporam mais sutilmente (ou se enclausuram) pelos atos de alegria e contentamento..!! As coisas boas são mais difíceis de conseguir. Decerto, a regra da régua é observada e executada por pessoas mais prudentes; sobreviventes e tutores da rica inteligência transformadora; portadores de traços de um emocional complacente; que não julgam, e que juram e conjugam amor pelo mundo. Façamos a profícua parte (com a régua da nossa sublime regra), na mudança do tempo que queremos alcançar. E sobre a troca da régua entre professor e aprendiz, pais e filhos, chefes e subordinados, ricos e pobres, velhos e jovens, e vice-versa..?? Aí é outra história…

 

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