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Olho Seco e Saúde da Mulher

A síndrome do Olho Seco afeta de 5 a 50% da população mundial. Somente no Brasil, estima-se que 25 milhões de pessoas sofrem com este problema, sendo três vezes mais prevalente em mulheres. Esta síndrome é uma doença multifatorial relacionada à deficiência na quantidade (volume) e qualidade (eficiência) do filme lacrimal. Recentes evidências científicas sugerem uma extensa gama de fatores interferindo na lágrima. A lista inclui desde a exposição abusiva de telas, alteração do clima, poluição ambiental, permanência prolongada em recintos com ar-condicionado, alterações hormonais, doenças imunológicas, diabetes, disbiose, rosácea, tratamentos com antidepressivos, antialérgicos, isotretinoína (@Roacutan), até mesmo o uso indisciminado de lentes de contato.

 

 

No grupo de mulheres na faixa de 40 e 60 anos, as alterações hormonais de queda do estrógeno afetam diretamente a composição da lágrima, provocando redução severa de sua função fisiológica. No âmbito das doenças autoimoimunes, se destaca a síndrome de Sjogren, igualmente frequente no recorte feminino de meia idade, que se manifesta, além do quadro típico de olho seco, fribromialgia, boca seca e até mesmo artrite reumatoide.

 

 

Os sintomas mais frequentes do olho seco são os seguintes: olho vermelho, sensação de corpo estranho, fadiga ocular, borramento visual, ardência e lacrimejamento excessivo. Para chegar ao diagnóstico preciso, a inspeção criteriosa do oftalmologista especializado se mostra indispensável. Isso porque a vasta amplitude do quadro exige enorme expertise da equipe, iniciando com exame clinico ocular cuidadoso conduzido por profissional devidamente treinado, com manuseio de equipamentos tecnológicos complexos, capazes de mensurar com fidelidade diversos parâmetros bioquímicos sensíveis e decisivos para diferenciação da patologia da lágrima.

 

 

A escolha do esquema terapêutico, de que decorre o resultado, depende crucialmente da acurácia dos dados coletados. A abordagem terapêutica parte da causa identificada da doença, informação decisiva para eleição da modalidade de intervenção apropriada para cada paciente em especial. O princípio do manejo do olho seco, mais do que qualquer outra patologia, segue o rigidamente do esquema diagnóstico-etiologia-tratamento. Essa única estratégia efetivamente capaz de promover conforto visual e amenizar os sintomas do paciente. Por isso, a elucidação segura sobre a etiologia do caso específico de olho seco se revela fator essencial e crítico para a evolução satisfatória, melhora da condição clínica e restabelecimento pleno da qualidade de vida do paciente.

 

 

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A fim de alcançar o melhor resultado, muitas vezes se faz necessária a atuação de equipes médicas multidisciplinares envolvendo reumatologistas, ginecologistas e hematologistas, todos eles interagindo coordenadamente para apoiar no tratamento oftalmológico. Atualmente se mostra vasto, expressivo e potente o arsenal diversificado de opções de tratamento do olho seco, integrado por colírios lubrificantes sem conservantes, suplementos de Omega 3 associado a vitamina D, aplicação de laser com estimulo antinflamatório e neuronal a fim de melhorar a função das glândulas de Meibomius – fundamentais na composição de uma lágrima saudável-, emprego de equipamentos com estímulo mecânico e térmico com propósito de facilitar a melhora do filme lacrimal e prescrição de antibióticos que atuam para modelar a produção das glândulas de gordura essencial para eficácia da lágrima.

 

 

O olho seco quando tratado de forma correta temos melhora considerável na qualidade de vida das pacientes. É muito importante as pessoas saberem que o tratamento do olho seco não se resume a lagrima artificial. Elas ajudam bastante na melhora dos sintomas, mas há uma abordagem sistêmica que conseguimos tratar a causa.

 

 

E se você se identificou com alguma informação contida neste artigo procure um oftalmologista especialista na área de olho seco que ele irá te ajudar a ter uma melhor qualidade de vida!

 

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